quinta-feira, 14 de abril de 2011

Palestra Bullying na família e na escola - Relatório de atividade

A atividade foi aplicada Quinta- feira ( 14/04 ), nas turmas em que trabalho com Língua portuguesa e literatura Brasileira (EJA – Eixo VI séries A, B e C). Após uma apresentação de slides e conversa informal, aproveitando assim a fala dos alunos através do tema: BULLYING NA FAMÍLIA E NA ESCOLA, conversamos sobre as conseqüências que o bullying traz , ressaltando o quanto é importante resgatar os valores: Amor, respeito e uma verdadeira amizade é importante para o ser humano. Ouvimos a música: é PRECISO AMAR COMO SE FOSSE O AMANHÃ de RENATO RUSSO, convertida em slide, para a adaptação (data show ).
Logo após a música, a Coordenadora Robélia apresentou vários slides com relação ao tema (passou o slide (charge) duas vezes) e fez alguns questionamentos diante da situação apresentada. Ela pediu que eu lesse o gênero crônica para depois refletirmos o bullying na família.
Num outro momento, já em sala de aula
pedi aos educandos para que escrevessem sobre seu melhor amigo(a), dando um enfoque as suas qualidades e defeitos e que escrevessem uma crônica sobre o tema exposto acima.



Posso dizer que a receptividade foi boa somente um aluno não quis fazer a crônica e eu o respeitei , não insisti.

A correção das redações foi feita de acordo com a legenda, combinada previamente em classe por mim e estudantes e uma vez que os alunos já estão acostumados com esse tipo de avaliação, apliquei-a , então, nesta atividade
LEGENDA
AT = acentuação tônica NP = nomes próprios UM = uso do M antes do P e B
CV = concordância verbal CN = concordância nominal SP = sinais de pontuação
E = estrutura Est = estética L = letra legível
Postado por Esmeraldina Moreira dos Reis
QUINTA-FEIRA, 14 DE ABRIL DE 2011

domingo, 28 de novembro de 2010

exercicios maravilhosos


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Exercícios de formação de palavras

exercicios_portugues_gabarito (36)
1) Considere o processo de formação das palavras amarelar e avermelhar e assinale a alternativa correta:
a) Ambas foram formadas por derivação prefixal.
b) Ambas foram formadas por derivação sufixal.
c) Ambas foram formadas por parassíntese.
d) A primeira formou-se por derivação sufixal, e a segunda por parassíntese.
e) A primeira formou-se por derivação sufixal, e a segunda por derivação prefixal.
2) Veja o texto abaixo e faça o que se pede:
“ A vida é  combate
Que os fracos abate
E os fortes e bravos
Só pode exaltar.” (Gonçalves Dias)
As palavras destacadas formaram-se, respectivamente, por:
a) derivação prefixal e derivação sufixal.
b) derivação regressiva e derivação imprópria( conversão).
c) composição por justaposição e derivação imprópria ( conversão).
d) derivação prefixal e derivação regressiva.
e) composição por justaposição e derivação prefixal.
3) A palavra  ensolarada  tem o mesmo processo de formação da palavra:
a) injustiçada
b) enriquecer
c) esperada
d) sonhada
e) amada.
4) A palavra  incorruptível  é formada pelo seguinte processo:
a) derivação prefixal
b) derivação parassintética
c) derivação sufixal;
d) derivação prefixal e sufixal
e) composição por aglutinação.
5) Em todas as frases, o termo grifado exemplifica corretamente o processo de formação de palavras indicado, exceto em:
a) composição por aglutinação - Onde se viu perversidade semelhante?
b) derivação prefixal - Não senhor, não procedi nem percorri.
c) derivação regressiva - Preciso falar-lhe amanhã, sem falta.
d) derivação sufixal - As moças me achavam maçador, evidentemente.
e) derivação imprópria - Minava um apetite surdo pelo jantar.
6. (UF-MG) Em "O girassol da vida e o passatempo do tempo que passa não brincam nos lagos da lua", há, respectivamente:
a) um elemento formado por aglutinação e outro por justaposição
b) um elemento formado por justaposição e outro por aglutinação
c) dois elementos formados por justaposição
d) dois elementos formados por aglutinação
e) n.d.a

Exercícios sobre o uso do porquê

exercicios_portugues_gabarito (90)
"Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá o título ao livro, e por que antes um que outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dous recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso, ri-te! É a mesma cousa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens." (Machado de Assis)
" ... e por que antes um que outro..." - por que (separado) tal qual na oração:
a) não veio ............ choveu
b) reza, filho, ............ Deus te ouvirá
c) sei ............ não sabes: não estudasd) trouxe o guarda-chuva ............ estava chovendo
e) o professor ensina, ............ o aluno vença

Exercícios sobre significação de palavras

Abaixo você encontrará alguns exercícios sobre significação de palavras. Bons estudos.
exercicios_portugues_gabarito (56)
1) (FAAP 1997) - Os gatos
Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato. Ao crítico deu ele, como ao gato, a graça ondulosa e o assopro, o ronrom e a garra, a língua espinhosa. Fê-lo nervoso e ágil, refletido e preguiçoso; artista até ao requinte, sarcasta até a tortura, e para os amigos bom rapaz, desconfiado para os indiferentes, e terrível com agressores e adversários... .
Desde que o nosso tempo englobou os homens em três categorias de brutos, o burro, o cão e o gato - isto é, o animal de trabalho, o animal de ataque, e o animal de humor e fantasia - por que não escolheremos nós o travesti do último? É o que se quadra mais ao nosso tipo, e aquele que melhor nos livrará da escravidão do asno, e das dentadas famintas do cachorro.
Razão por que nos acharás aqui, leitor, miando um pouco, arranhando sempre e não temendo nunca. (Fialho de Almeida)
Razão por que nos acharás... . Observe que POR QUE foi escrito separadamente, tal qual nesta oração:
a) A fumaça eleva-se, ............ é mais leve que o ar
b) O médico não veio, ............ tinha consulta
c) Sei ............ sofres: não te amo d) O professor ensina ............ aluno vença
e) Creio em Deus, ............ não há criaturas sem criador
2) (Puccamp 1995) - O termo ONDE encontra-se corretamente empregado na frase:
a) A suspeita de falsificação nasceu por causa daquela folha onde havia uma rasura. b) Não sei onde foi que te decepcionei: ao não responder à tua carta? Ao não me desculpar por isso?
c) Nos piores momentos é onde podemos reconhecer os verdadeiros amigos.
d) Não tenho saudades de minha infância, onde sofri tantas injustiças.
e) À saída dos torcedores é onde costuma haver muito tumulto.
3) (Cesgranrio 1994) - REFLEXIVO
O que não escrevi, calou-me.
O que não fiz, partiu-me.
O que não senti, doeu-se.
O que não vivi, morreu-se.
O que adiei, adeus-se.
(Affonso Romano de Sant'Anna)
Assinale a classificação gramatical correta para os vocábulos 'O' e 'se': "O que adiei, adeus-se" (5o. verso) a) artigo - pronome reflexivo
b) pronome pessoal oblíquo - pronome apassivador
c) pronome pessoal oblíquo - pronome reflexivo
d) pronome demonstrativo - palavra de realce e) pronome demonstrativo - pronome apassivador

Exercício sobre classificação de palavras

O NOVO PLANETA DOS HOMENS
exercicios_portugues_gabarito (315)
1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca apreender as reações e os sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação feminina, para daí projetar a provável tendência futura da vida entre os sexos. O livro COMO OS HOMENS SE SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa "revolução masculina irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70, impulsionada por dez anos de avanço feminino. O autor faz uma minuciosa análise das conseqüências, para o homem, da entrada da mulher nos vários setores da sociedade: indústria, serviços, exército, mundo empresarial e profissões liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou reformulações profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um alto preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: "É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos." Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um "novo homem". Para o homem, abordar o terreno feminino é "desvirilizante", ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto "é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada".
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: "O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente", diz o escritor Sérgio Sant'Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, "as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores". Mas adverte: "Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas."
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: "Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (...) mas é sujeito de seu próprio desejo." Mas tudo isso não esconde uma mágoa: "(...) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre."
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: "O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher."
(Yudith Rosenbaum, Revista LEIA, nŽ 128, 1989, p. 36-38, com adaptações.)
Assinale a opção em que se identifica CORRETAMENTE a classe gramatical das palavras destacadas nos trechos a seguir:
a) "projetar a PROVÁVEL tendência futura da VIDA entre os sexos"
Substantivos, sendo que o segundo faz parte de uma locução adjetiva.
b) "que teria se iniciado na DÉCADA de 70, impulsionada por dez ANOS de avanço feminino"
Advérbios, expressando noção de tempo.
c) "homens QUE incorporaram OUTRAS atitudes"
Pronomes, sendo o primeiro classificado como relativo e o segundo como indefinido.
d) "ela reconhece QUE os homens tiveram pouco tempo PARA incorporar as transformações"
Conjunções, estabelecendo ligação entre as orações.
e) "SEM rancores, MAS não menos inquieta"
Preposições, subordinando um elemento da frase a um outro elemento anterior.

Exercício com livro “São Bernardo”

exercicios_portugues_gabarito (86)
O exercícios abaixo baseia-se no livro “São Bernardo” escrito por Graciliano Ramos. É um exercício de gramática com gabarito e mostra como as perguntas podem ser contextualidadas a partir de obras cobradas pelos maiores vestibulares. Bons estudos.
“Conheci que Madalena era boa em demasia, mas não conheci tudo de uma vez. Ela se revelou pouco a pouco, e nunca se revelou inteiramente. A culpa foi minha, ou antes, a culpa foi desta vida agreste, que me deu uma alma agreste.
E, falando assim, compreendo que perco o tempo. Com efeito, se me escapa o retrato moral de minha mulher, para que serve esta narrativa? Para nada, mas sou forçado a escrever.
Quando os grilos cantam, sento-me aqui à mesa da sala de jantar, bebo café, acendo o cachimbo. Às vezes as idéias não vêm, ou vêm muito numerosas - e a folha permanece meio escrita, como estava na véspera. Releio algumas linhas, que me desagradam. Não vale a pena tentar corrigi-las. Afasto o papel.
Emoções indefiníveis me agitam - inquietação terrível, desejo doido de voltar, tagarelar novamente com Madalena, como fazíamos todos os dias, e esta hora. Saudade? Não, não é isto: é desespero, raiva, um peso enorme no coração.
Procuro recordar o que dizíamos. Impossível. As minhas palavras eram apenas palavras, reprodução imperfeita de fatos exteriores, e as dela tinham alguma coisa que não consigo exprimir. Para senti-las melhor, eu apagava as luzes, deixava que a sombra nos envolvesse até ficarmos dois vultos indistintos na escuridão.
Lá fora os sapos arengavam, o vento gemia, as árvores do pomar tornavam-se massas negras.
- Casimiro!
Casimiro Lopes estava no jardim, acocorado ao pé da janela, vigiando.
- Casimiro!
A figura de Casimiro Lopes aparece à janela, os sapos gritam, o vento sacode as árvores, apenas visíveis na treva. Maria das Dores entra e vai abrir o comutador. Detenho-a: não quero luz.
O tique-taque do relógio diminui, os grilos começam a cantar. E Madalena surge no lado de lá da mesa. Digo baixinho:
- Madalena!
A voz dela me chega aos ouvidos. Não, não é aos ouvidos. Também já não a vejo com os olhos.
Estou encostado na mesa, as mãos cruzadas. Os objetos fundiram-se, e não enxergo sequer a toalha branca.
- Madalena...
A voz de Madalena continua a acariciar-me. Que diz ela? Pede-me naturalmente que mande algum dinheiro a mestre Caetano. Isto me irrita, mas a irritação é diferente das outras, é uma irritação antiga, que me deixa inteiramente calmo. Loucura estar uma pessoa ao mesmo tempo zangada e tranqüila. Mas estou assim. Irritado contra quem? Contra mestre Caetano. Não obstante ele ter morrido, acho bom que vá trabalhar. Mandrião!
A toalha reaparece, mas não sei se é esta toalha sobre que tenho sobre as mãos cruzadas ou a que estava aqui há cinco anos.
Rumor do vento, dos sapos, dos grilos. A porta do escritório abre-se de manso, os passos de seu Ribeiro afastam-se. Uma coruja pia na torre da igreja. Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que piava há dois anos? Talvez seja até o mesmo pio daquele tempo.
Agora seu Ribeiro esta conversando com D. Glória no salão. Esqueço que eles me deixaram e que esta casa está quase deserta.
- Casimiro!
Penso que chamei Casimiro Lopes. A cabeça dele, com o chapéu de couro de sertanejo, assoma de quando em quando à janela, mas ignoro se a visão que me dá é atual ou remota.
Agitam-se em mim sentimentos inconciliáveis: encolerizo-me e enterneço-me; bato na mesa e tenho vontade de chorar.
Aparentemente estou sossegado: as mãos continuam cruzadas sobre a toalha e os dedos parecem de pedra. Entretanto ameaço Madalena com o punho. Esquisito.
Distingo no ramerrão da fazenda as mais insignificantes minudências. Maria das Dores, na cozinha, dá lição ao papagaio. Tubarão rosna acolá no jardim. O gado muge no estábulo.
O salão fica longe: para irmos lá temos de atravessar um corredor comprido. Apesar disso a palestra de seu Ribeiro e D. Glória é bastante clara. A dificuldade seria reproduzir o que eles dizem. É preciso admitir que estão conversando sem palavras.
Padilha assobia no alpendre. Onde andará Padilha?
Se eu convencesse Madalena de que ela não tem razão... Se lhe explicasse que é necessário vivermos em paz... Não me entende. Não nos entendemos. O que vai acontecer será muito diferente do que esperamos. Absurdo.
Há um grande silêncio. Estamos em julho. O nordeste não sopra e os sapos dormem. Quanto às corujas, Marciano subiu ao forro da igreja e acabou com elas a pau. E foram tapados os buracos de grilos.
Repito que tudo isso continua a azucrinar-me.
O que não percebo é o tique-taque do relógio. Que horas são? Não posso ver o mostrador assim às escuras. Quando me sentei aqui, ouviam-se as pancadas do pêndulo, ouviam-se muito bem. Seria conveniente dar corda ao relógio, mas não consigo mexer-me.”  (Ramos, Graciliano, SÃO BERNARDO, Rio de Janeiro, Record, 1989)
Conheci que (1) Madalena era boa em demasia...
A culpa foi desta vida agreste que (2) me deu uma alma agreste.
Procuro recordar o que (3) dizíamos.
Terá realmente piado a coruja? Será a mesma que (4) piava há dois anos?
Esqueço que (5) eles me deixaram e que (6) esta casa está quase deserta.
Nas frases acima o "que" aparece seis vezes; em três delas é pronome relativo. Quais?
a) 1, 2 e 4.
b) 2, 4 e 6.
c) 3, 4 e 5.
d) 2, 3 e 4. e) 2, 3 e 5.

Exercício sobre elementos conectivos

exercicios_portugues_gabarito (218)
"Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que a simples confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo que essas convicções, como todo julgamento de valor, não possam ser provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente, nossos esforços para compreender o universo cognoscível através do pensamento lógico construtivo - como um objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter prático, por exemplo? Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e inabalável Permitam-me fazer uma confissão: para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção e compreensão é um dos objetivos independentes sem os quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e complexa variedade das experiências humanas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. A crença de que esses dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável acerca do valor independente do conhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem influência sobre toda sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da experiência acumulada, e além das regras do pensamento lógico, não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas "Verdade " pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a princípio, só tem fé em seu próprio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o individualismo intelectual e a sede de conhecimento científico apareceram simultaneamente na história e permaneceram inseparáveis desde então. "
(Einstein, in: "O Pensamento Vivo de Einstein", p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)
Na frase "... nenhuma autoridade 'cujas' confissões...", a palavra, entre aspas, no plano morfológico, sintático e semântico é:
a) pronome indefinido, complemento nominal, deles.
b) pronome relativo, adjunto adnominal, deles.
c) pronome relativo, complemento nominal, delas. d) pronome indefinido, adjunto adnominal, delas.
e) pronome relativo, complemento nominal, deles.

Exercícios de significação de palavras

Abaixo você encontrará alguns exercícios sobre significação de palavras. Dentre os assuntos abordados veremos homonímia, paronímia, sinonímia, antonímia. Veja se você ainda se lembra disso.
exercicios_portugues_gabarito (46)
1) (Puccamp 1997) - Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
- Você não quer vir conosco, e não diz o ........ da recusa.
- Quer mesmo saber ........? Simplesmente ........ não tenho um centavo no bolso.
a) por que - porque - porque
b) por que - porquê - por que
c) por quê - porquê - porque
d) porque - por que - por que
e) porquê - por quê – porque
2) (Fuvest 1998) - ... se decida a pedir a este rio (...)
QUE me faça aquele enterro (...)
... e aquele acompanhamento
de água QUE sempre desfila
(QUE o rio, aqui no Recife,
não seca, vai toda a vida).
Nas ocorrências assinaladas, a partícula QUE serve, RESPECTIVAMENTE, para
I. introduzir um complemento para DECIDA; referir a ÁGUA o ato de DESFILAR, introduzir uma justificativa para o uso de SEMPRE.
II. introduzir um complemento para DECIDA; estabelecer uma relação com AQUELE; introduzir uma justificativa para o uso de AQUI.
III. introduzir um complemento para PEDIR; referir a ACOMPANHAMENTO o ato de DESFILAR, introduzir uma justificativa para o uso de SEMPRE.
Em relação ao texto, está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) II.
e) III.
3) (Mackenzie 1996) - "Na ata da reunião, registraram-se todas as opiniões dos presentes."
Assinale a alternativa que apresenta corretamente a classificação da partícula se, na frase acima.
a) índice de indeterminação do sujeito
b) pronome reflexivo (objeto direto)
c) partícula apassivadora d) conjunção subordinativa integrante
e) palavra de realce
4) (Ita 1998) - lndique a opção cuja forma não será utilizada para completar a frase a seguir:
Vemo- ________ raramente por aqui. _________ poucas vezes em que a vimos, sequer chegou ________ tempo de participar das cerimônias _________ que fora convidada _________ cerca de quatro meses.
a) Artigo definido feminino no plural. b) Contração de preposição com artigo feminino.
c) Preposição.
d) Verbo 'haver' na terceira pessoa do singular.
e) Pronome oblíquo átono.
5) (Ita 1997) - SOBRE ARTES E ARTISTAS
"Uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas tintas e desenham cartazes para os tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares diferentes, e que Arte com A maiúsculo não existe. Na verdade, Arte com A maiúsculo passou a ser algo de um bicho-papão e de um fetiche. Podemos esmagar um artista dizendo-lhe que o que ele acaba de fazer pode ser muito bom no seu gênero, só que não é "Arte". E podemos desconcertar qualquer pessoa que esteja contemplando com prazer um quadro, declarando que aquilo de que ela gosta não é Arte, mas algo muito diferente. Na realidade, não penso que existam quaisquer razões erradas para se gostar de um quadro ou de uma escultura. Alguém pode gostar de uma paisagem porque ela lhe recorda seu berço natal, ou de um retrato porque lhe lembra um amigo. Nada há de errado nisso. (...) Somente quando alguma recordação irrelevante nos torna parciais e preconceituosos, quando instintivamente voltamos as costas a um quadro magnífico de uma cena alpina porque não gostamos de praticar alpinismo, é que devemos perscrutar o nosso íntimo para desvendar as razões da aversão que estraga um prazer que de outro modo poderíamos ter. Há razões erradas para não se gostar de uma obra de arte."
E. H. Gombrich
Nas orações "e QUE Arte com A maiúsculo não existe" e "o QUE ele acaba de fazer...", as palavras em maiúsculo funcionam respectivamente como:
a) conjunção integrante e pronome relativo b) pronome relativo e pronome relativo
c) conjunção integrante e conjunção integrante
d) pronome relativo e conjunção integrante
e) conjunção aditiva e pronome demonstrativo

5 exercícios práticos de substantivos

Abaixo você encontrará 5 exercícios práticos sobre substantivo. São questões de vestibular já com o gabarito para facilitar a conferência das respostas.
exercicios_portugues_gabarito (176)
1) (MACK) - Aponte a incorreta: 
a) Grã-duquesas, altares-mores.
b) Vaivéns, os leva-e-traz.
c) Flores-de-lis, navios-escola.
d) Malmequeres, bem-te-vis.
e) Aves-marias, guarda-noturnos.
2) (UBERLÂNDIA) - Dentre os plurais de nomes compostos aqui relacionados, há um que está errado. Qual?
a) Escolas-modelo
b) Quebra-nozes
c) Chefes-de-seçõesd) Guardas-noturnos
e) Redatores-chefes
3) (ITA) - Indique a frase correta:
a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes.
b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas.
c) O ladrão forçou a porta com pés-de-cabra.d) Godofredo almoçou duas couves-flor.
e) Alfredo e Radagásio são dois gentil-homens.
4) (UFF) - Assinale a única série de duplas singular-plural em que existe uma forma incorreta:
a) Cidadão - cidadõesb) Cônsul - cônsules
c) Projetil - projetis
d) Corrimão - corrimões
e) Olho-de-sogra - olhos-de-sogra
5) (Uff 1999) - 1 Educai o coração da mulher, esclarecei seu intelecto com o estudo de coisas úteis e com a prática dos deveres, inspirando nela o deleite que se experimenta ao cumpri-los; purgai a sua alma de tantas nocivas frivolidades pueris de que se acha rodeada mal abre os olhos à luz.
2 Cessai aqueles tolos discursos com os quais atordoais sua razão, fazendo-a crer que é rainha, quando nada mais é que a escrava dos vossos caprichos. Não façais dela a mulher da Bíblia; a mulher de hoje em dia pode sair-se melhor do que aquela; nem muito menos a mulher da Idade Média: da qual estamos todas tão distantes que não poder-nos-ia servir de modelo; mas a mulher que deve progredir com o século dezenove, ao lado do homem, rumo à regeneração dos povos.
3 Guarde-se bem o homem de ter a mulher para seu joguete, ou sua escrava; trate-a como uma companheira da sua vida, devendo ela participar de suas alegres e tristes aventuras; considere-a desde o berço até seu leito de morte, como aquela que exerce uma influência real sobre o destino dele, e por conseguinte sobre o destino das nações; dedique-lhe, por último, uma educação como exige a grande tarefa que ela deve cumprir na sociedade como o benéfico ascendente do coração; e a mulher será como deve ser, filha e irmã dedicadíssima, terna e pudica esposa, boa e providente mãe.
(1859)
FLORESTA, Nísia. Cintilações de uma alma brasileira. Florianópolis/ Santa Cruz: Ed. Mulheres/ Ed. Da UNISC, 1997. p. 115-7.
Na flexão dos diminutivos, o uso coloquial, com freqüência, se diferencia do uso prescrito pela gramática normativa.
Assinale o par de palavras em que os DOIS USOS ocorrem:
a) colherzinhas - florzinhas
b) mulherzinhas - coraçõezinhos c) florezinhas - mulherezinhas
d) mulherzinhas - coraçãozinhos
e) colherezinhas - floreszinhas

10 exercícios práticos sobre uso de pronomes

“Fi-lo porque qui-lo”. Sempre que uso essa frase como exemplo em minhas aulas de colocação pronominal, vejo a estranheza no olhar dos alunos. Eu também fico assim, até porque há um erro aí. A proposta desse post é oferecer a chance de você verificar se está em dia com os estudos sobre colocação pronominal.
exercicios_portugues_gabarito (46)
1) (Uelondrina 1998) - Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Sabiam que era para........providenciar o que V.Sa........, mas nem........nada.
a) mim - solicitastes - me disseram
b) eu - solicitastes - me disseram
c) mim - solicitou - disseram-me
d) eu - solicitou - me disseram e) mim - solicitastes - disseram-me
2) (Uelondrina 1998) - Informou-.......processo, e.......fez assinar o requerimento.
a) o do - o b) o do - lhe
c) lhe sobre o - lhe
d) lhe sobre o - o
e) lhe acerca do – lhe
3) (Pucmg 1997) - Assinale a alternativa em que a sentença destacada (formulada segundo regras do português oral) tenha sido reestruturada de acordo com a norma escrita culta.
'Se eu ver ele, dou o recado pra ele.'
a) Vendo-o, darei-lhe o recado.
b) Na hipótese de o vir, eu lhe darei o recado.
c) Se eu o ver, lhe darei o recado.
d) Se o vir, darei o recado a ele. e) Quando vê-lo, dar-lhe-ei o recado.
4) (Uelondrina 1999) - Me esquece. Lhe pedi já uma penca de vezes. Por favor, larga do meu pé.
Reescrevendo a frase anterior totalmente de acordo com a norma culta escrita, tem-se:
a) Esquece-me. Já pedi um tempão. Por favor, deixa isso pra lá.
b) Me esqueça. Já te pedi isso centenas de vezes. Por favor, me larga do pé.
c) Esqueças de mim. Já te pedi muito. Por favor, pare de me cercar.
d) Esqueça-me. Já lhe fiz esse pedido muitas vezes. Por favor, pare de insistir. e) Esquece. Já lhe solicitei muitas vezes. Por favor, não assedie-me mais.
5) (Faap 1996) - Ó tu que vens de longe, ó tu que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho.
Vives sozinha sempre e nunca foste amada.
A neve anda a branquear lividamente a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.
E amanhã quando a luz do sol dourar radiosa
essa estrada sem fim, deserta, horrenda e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...
(Alceu Wamosy)
"e sob este teto encontrarás CARINHO". Com pronome no lugar da palavra maiúscula:
a) e sob este teto encontrarás-a
b) e sob este teto te encontrarás
c) e sob este teto lhe encontrarás
d) e sob este teto encontrará-lo-ás e) e sob este teto encontrar-te-ás
6) (Ufpe 1996) - Assinale a alternativa que não apresenta desvio quanto à sintaxe de colocação do pronome oblíquo átono.
a) "Ah, quem és? Lhe pergunto, arrepiado." (Bocage)
b) "Te enganas, Cirene, pois até esse monte se sente abrasar ..." (Antônio José)
c) "Suma-se, moleque." (José Lins do Rego) d) "Dessa vez, me decidi. Vou viajar nessa máquina." (Jorge Amado)
e) "Morto depois Afonso, lhe sucede Sancho II." (Camões)
7) (Fuvest 1999) - Existe, hoje, uma percepção disseminada pela intelectualidade e por boa parte da opinião pública mundial de uma grande e acelerada mudança operando em várias dimensões da sociedade moderno-contemporânea. Não há, certamente, consenso sobre esse fenômeno, variando definições, terminologia e, sobretudo, avaliações positivas, negativas ou matizadas. De qualquer modo, há uma tendência maciça para reconhecer o caráter ampliado das mudanças econômicas e tecnológicas que afetariam, com maior ou menor impacto, todas as sociedades do planeta, justificando o termo globalização mesmo quando se critica a sua possível banalização como instrumento de conhecimento.
(Gilberto Velho, Revista de Cultura Brasileira, 03/98, no. 1)
Substituindo por pronome pessoal oblíquo o complemento de AFETARIAM, na mesma frase em que ocorre, obtém-se:
a) afetá-las-iam.
b) afetariam-nas.
c) as afetariam.
d) lhes afetariam.
e) afetar-lhes-iam.
8) (Uece 1996) - Segue a gramática normativa a colocação do pronome átono da opção:
a) O amor não está deteriorando-SE. b) Seu amor não tinha acabado-SE?
c) Comunicaremos-LHE tudo sobre o amor.
d) LHE provem que o amor é digno.
e) n.d.a.
9) (Mackenzie 1996) - I - TELESPECTADOR - Pois não... Senhor Castro Alves, eu conhecia o senhor muito de nome (...) e a... como é... a... a... "Canção da África" ...
JORNALISTA - "Vozes d'África".
TELESPECTADOR - Pois é, essa daí... (...) Gostei muito... Cheio de dramaticidade, muita verdade também...
(Gianfrancesco Guarnieri)
II - Quando foi ali pela hora antes da madrugada a boiúna Capei chegou no céu.
(Mário de Andrade)
III - Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
(...)
Me dá um cigarro.
(Oswald de Andrade)
IV - Ia saindo pra campear a pedra porém os manos não deixaram. Não durou muito a cabeça chegou. Juque! bateu.
- Que há?
- Abra a porta pra mim entrar.
(Mário de Andrade)
V - Não quero mais o amor,
Nem mais quero cantar a minha terra.
Me perco neste mundo.
(Augusto Frederico Schmidt)
O erro gramatical pode constituir, num texto literário, um recurso expressivo para construir determinados efeitos, que estão na intenção do autor. Os excertos desses autores apresentam esse recurso de persuasão. As "transgressões gramaticais" de mesma natureza estão nos excertos:
a) I e III - concordância nominal.
b) II e IV - uso do pronome oblíquo.
c) III e V - colocação do pronome oblíquo. d) III e IV - concordância verbal.
e) I e II - regência verbal.
10) (Pucmg 1997) - Assinale a opção cujo período, ao ser reescrito, está adequado à norma culta da língua.
a) Puseram os ovos na geladeira, antes que a empregada pensasse em fazer outra omelete para o menino.
PUSERAM-LOS NA GELADEIRA, ANTES QUE A EMPREGADA PENSASSE EM FAZER-LHE OUTRA OMELETE.
b) Para nós, é muito difícil convencer o delegado.
É-NOS MUITO DIFÍCIL CONVENCER-LHE.
c) Não quero fazer a paciente esperar.
NÃO QUERO FAZER ELA ESPERAR.
d) Visitaria os presos se tivesse tempo.
VISITARIA-OS SE TIVESSE TEMPO.
e) Tem visto Helena ultimamente?
TEM-NA VISTO ULTIMAMENTE?

7 exercícios prátidos de colocação pronominal com gabarito

Dizem que 7 é um número cabalístico e cheio de significações. Outros afirmam que é o número da perfeição. Se isso for verdade, esta é uma excelente chance de você fazer alguns ótimos exercícios práticos de colocação pronominal.
exercicios_portugues_gabarito (51)
1) (Unitau 1995) - "A questão central da pedagogia é o problema das formas, dos processos dos métodos; certamente, não considerados em si mesmos, pois as formas só fazem sentido na medida em que viabilizam o domínio de determinados conteúdos.
O método é essencial ao processo pedagógico. Pedagogia, como é sabido, significa literalmente a condução da criança, e a sua origem está no escravo que levava a criança até o local dos jogos, ou o local em que ela recebia instrução do preceptor. Depois, esse escravo passou a ser o próprio educador. Os romanos, percebendo o nível de cultura dos escravos gregos, confiavam a eles a educação dos filhos. Essa é a etimologia da palavra. Do ponto de vista semântico, o sentido se alterou. No entanto, a paidéia não significava apenas infância, paidéia significava cultura, os ideais da cultura grega. Assim, a palavra pedagogia, partindo de sua própria etimologia, significa não apenas a condução da criança, mas a introdução da criança na cultura.
A pedagogia é o processo através do qual o homem se torna plenamente humano. No meu discurso distingui entre a pedagogia geral, que envolve essa noção de cultura como tudo o que o homem constrói, e a pedagogia escolar, ligada à questão do saber sistematizado, do saber elaborado, do saber metódico. A escola tem o papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do saber sistematizado, do saber metódico, científico. Ela necessita organizar processos, descobrir formas adequadas a essa finalidade. Esta é a questão central da pedagogia escolar. Os conteúdos não apresentam a questão central da pedagogia, porque se produzem a partir das relações sociais e se sistematizam com autonomia em relação à escola. A sistematização dos conteúdos pressupõe determinadas habilidades que a escola geralmente garante, mas não ocorre no interior das escolas de primeiro e segundo graus. A existência do saber sistematizado coloca à pedagogia o seguinte problema: como torná-lo assimilável pelas novas gerações, ou seja, por aqueles que participam de algum modo de sua produção enquanto agentes sociais, mas participam num estágio determinado, estágio esse que é decorrente de toda uma trajetória histórica?"
(SAVIANI, D. "A pedagogia histórico-crítica no quadro das tendências críticas da Educação Brasileira", adap. da fala em Seminário, Niterói, 1985).
Leia as frases a seguir:
‘Essa’ é a etimologia da palavra.
A pedagogia é o processo através 'do qual' o homem 'se' torna plenamente humano.
Como torná-'lo' assimilável pelas novas gerações..."
As palavras entre aspas são, respectivamente, no plano morfológico:
a) pronome relativo, pronome demonstrativo, conjunção integrante, pronome oblíquo átono.
b) pronome indefinido, pronome demonstrativo, conjunção condicional, pronome oblíquo tônico.
c) pronome demonstrativo, pronome relativo, pronome oblíquo átono, pronome oblíquo átono. d) pronome demonstrativo, pronome indefinido, pronome oblíquo tônico, pronome oblíquo tônico.
e) pronome indefinido, pronome relativo, conjunção integrante, pronome oblíquo átono.
2) (Fatec 1997) - Assinale a alternativa em que a substituição do(s) termo(s) em destaque(s), na frase I, pelo pronome da frase II está correta.
a) I - Deixe A MOÇA decidir com calma.
II - Deixe ela decidir com calma.
b) I - Entende que não há nada entre FULANO e os envolvidos no escândalo dos precatórios.
II - Entende que não há nada entre eu e os envolvidos no escândalo dos precatórios.
c) I - Espero, até que façam O CANDIDATO entrar na sala.
II - Espero, até que façam ele entrar na sala.
d) I - O homem, igual A SI mesmo.
II - Eu, igual a mim mesmo.
e) I - Poderá escolher outros dois técnicos para assessorar A DEPUTADA.
II - Poderá escolher outros dois técnicos para lhe assessorar.
3) (Udesc 1996) - Assinale a alternativa gramaticalmente INCORRETA em relação à colocação do pronome oblíquo nas locuções verbais e tempos compostos.
a) Quero-lhe explicar porque não cumpri o prazo combinado.
b) Eles foram se acalmando na medida em que a tempestade passava.
c) Eu não lembrava se você tinha solicitado-me um ou dois convites para o espetáculo. d) O casal estava encontrando-se diariamente `as 19h.
e) Será que ela tinha se sentado na primeira fila por não enxergar bem?
24) (Fuvest 1996) - - Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
- Esquece.
- Não. Como "esquece"? Você prefere falar errado? E o certo é "esquece" ou "esqueça"? Ilumine-me. Mo diga. Ensines-lo-me, vamos.
- Depende.
- Depende. Perfeito. Não o sabes.
Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
- Está bem. Está bem. Desculpe. Fale como quiser.
(L.F. Veríssimo, Jornal do Brasil, 30/12/94)
"ENSINAR-ME-LO-IAS, se o SOUBESSES, mas não SABES-O."
A frase estaria de acordo com a norma gramatical, usando-se, onde estão as formas em maiúsculo:
a) Ensinar-mo-ias - o soubesses - o sabes b) Ensinarias-mo - soubesse-lo - sabe-lo
c) Ensinarias-mo - soubesses-o - o sabes
d) Ensinar-mo-ias - soubesses-o - sabe-lo
e) Ensinarias-mo - soubesse-lo - o sabes
5) (Fei 1994) - Assinalar a alternativa correta quanto a colocação do pronome pessoal oblíquo:
a) O lugar para onde nos mudamos é aprazível. b) Embora falassem-me, não acreditei.
c) Sempre lembrar-se-á de ti.
d) Darei-te o remédio conforme o prescrito.
e) Isto abalou-me profundamente.
6) (Puccamp 1997) - Selecione a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
........ deseducadamente caso não ........ a mim com respeito. Já cheguei a ........ disso.  
a) Responderei a ele - dirija-se - o avisar
b) Eu lhe responderei - se dirija - avisá-lo c) Responder-lhe-ei - dirija-se - avisá-lo
d) Lhe responderei - se dirija - avisá-lo
e) Responderei-lhe - se dirija - o avisar
7) (Cesgranrio 1998) - Texto: "As Sem -Razões do Amor"
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Carlos Drummond de Andrade
Assinale o item em que há o emprego do pronome LHE de forma inaceitável na língua culta.
a) A reunião foi à tarde, mas não lhe pude assistir. b) Ao poeta, enviei-lhe meus originais.
c) Informei-lhe que sua obra seria publicada.
d) Perguntei-lhe onde estava Eleonora.
e) Júlia, o poeta escreveu-lhe belo poema.

Lista de exercícios de advérbio com gabarito

Posto aqui mais uma lista de exercícios de gramática com gabarito para vocês se prepararem para o vestibular. Posto junto o gabarito.
exercicios_portugues_gabarito1) Assinale a frase em que meio funciona como advérbio:
a) Só quero meio quilo.
b) Achei-o meio triste. c) Descobri o meio de acertar.
d) Parou no meio da rua.
e) Comprou um metro e meio.
2) Só não há advérbio em:
a) Não o quero.
b) Ali está o material.
c) Tudo está correto. d) Talvez ele fale.
e) Já cheguei.
3) Qual das frases abaixo posui advérbio de modo?
a) Realmente ela errou.
b) Antigamente era mais pacato o mundo.
c) Lá está teu primo.
d) Ela fala bem. e) Estava bem cansado.
4) Classique a locução adverbial que aparece em "Machucou-se com a lâmina".
a) modo
b) instrumento
c) causa 
d) concessão
e) fim
5) Indique a alternativa gramaticalmente incorreta:
a) A casa onde moro é excelente.
b) Disseram-me por que chegaram tarde.
c) Aonde está o livro? d) É bom o colégio donde saímos.
e) O sítio aonde vais é pequeno.
6) Ele ficou em casa. A palavra em é:
a) conjunção
b) pronome indefinido
c) artigo definido
d) advérbio de lugar
e) preposição
7) Marque o exemplo em que ambas as palavras em negrito estão na mesma classe gramatical:
a) O seu talvez deixou preocupado o professor.
b) Respondeu-nos simplesmente com um não. 
c) Boas notícias duram pouco.
d) Nossa irmã é mais nova que a sua.  e) n.d.a
8) Morfologicamente, a expressão sublinhada na frase abaixo é classificada como locução:
"Estava à toa na vida..."
a) adjetiva
b) adverbial c) prepositiva 
d) conjuntiva
e) substantiva
9) Em todas as opções há dois advérbios, exceto em:
a) Ele permaneceu muito calado. b) Amanhã, não iremos ao cinema.
c) O menino, ontem, cantou desafinadamente.
d) Traqüilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
e) Ela falou calma e sabiamente.

Lista de exercícios sobre classe de palavras variáveis

Abaixo você encontrará uma lista de exercícios sobre classes de palavras variáveis, isto é, aquelas que admitem flexão de gênero, número e grau. Todos os exercícios de gramática abaixo vêm com gabarito. Essa é a melhor forma, além da explicação do próprio professor, de estudar para o vestibular.
exercicios_portugues_gabarito (62) LISTA DE EXERCÍCIOS SOBRE CLASSES DE PALAVRAS VARIÁVEIS
1) Assinale a alternativa em que as palavras são, normalmente, adjetivos.
a) azul, céu, mesa.
b) claro, azul, nobre.c) nobreza, limpo, certo.
d) limpeza, nobre, azul.
e) oval, mesanino, verde.
2) Assinale a alternativa em que o verbo não esteja expressando fato certo, preciso, decidido.
a) Se eu cuidasse... b) Estarei em Londres amanhã.
c) Falei com seus pais.
d) Estivera pensando muito.
e) Tem havido chuvas.
3) Assinale a allternativa em que só haja palavra que seja artigo.
a) do, se, pé, lá.
b) as, vê, um, xis.
c) o, as, uma, os.d) já, o, as, umas
e) n.d.a
4) Assinale a alternativa em que a palavra só pode ser substantivo.
a) certo.
b) anulado
c) satisfeito
d) amplo
e) mesa
5) Assinale a alternativa em que a palavra foi substantivada.
a) o filho
b) o lago
c) a lâmpada
d) o vivere) a estância
6) Sabe-se que os verbos expressam fatos ou estados num conceito de tempo (ontem, hoje ou amanhã). Isto aponta para os tempos presente, pretérito e futuro. Do texto seguinte, selecione a alternativa na qual os verbos estejam no presente, no pretérito ( = passado) e no futuro, respectivamente.
“Encontrei meus documentos. Estou muito mais tranqüilo. Meu problema é o medo que tenho de que alguém os use indevidamente. Tomarei muito mais cuidado com aquilo que parece importante para minha vida. Serei mais atencioso, não existe qualquer dúvida.  
a) Encontrei, Tomarei, existe, parece.
b) use, Encontrei, Tomarei.c) Tomarei, use, existe.
d) parece, serei, use.
e) tenho, serei, encontrei.
7) (FAAP 1996) - Ó tu que vens de longe, ó tu que vens cansada,
entra, e sob este teto encontrarás carinho:
Eu nunca fui amado, e vivo tão sozinho.
Vives sozinha sempre e nunca foste amada.
A neve anda a branquear lividamente a estrada,
e a minha alcova tem a tepidez de um ninho.
Entra, ao menos até que as curvas do caminho
se banhem no esplendor nascente da alvorada.
E amanhã quando a luz do sol dourar radiosa
essa estrada sem fim, deserta, horrenda e nua,
podes partir de novo, ó nômade formosa!
Já não serei tão só, nem irás tão sozinha:
Há de ficar comigo uma saudade tua...
Hás de levar contigo uma saudade minha...
(Alceu Wamosy)
RICA é a rima que se processa entre palavras de classe gramatical diferente, como esta:
a) cansada / amada
b) estrada / alvorada
c) ninho / caminho
d) radiosa / formosa
e) sozinha / minha
8) (Ufrs 1996) - Dos anais da república:
- O senhor não tem medo de nada, presidente?
- Nada.
- Nem barata?
Pausa de segundos. Digo a verdade, ou minto para parecer mais humano? [...]
Não. Melhor ser curto e sincero.
- Nem barata.
(Veríssimo, L.F. Ortopterofobia. In: COMÉDIA DA VIDA PÚBLICA . Porto Alegre: L&PM, 1995. p.237)
Assinale a alternativa que apresenta duas palavras que NÃO sejam da mesma família.
a) anais (L. 1) - bianual
b) presidente (L. 2) - presidir
c) senhor (L. 2) - senhorio
d) minto (L. 5) - desmentido
e) curto (L. 7) - curtir
9) (Fei 1997) - "Não é o homem um mundo pequeno que está dentro do mundo grande, mas é um mundo grande que está dentro do pequeno. Baste por prova o coração humano, que sendo uma pequena parte do homem, excede na capacidade a toda a grandeza do mundo. (...) O mar, com ser um monstro indômito, chegando às areias, pára; as árvores, onde as põem, não se mudam; os peixes contentam-se com o mar, as aves com o ar, os outros animais com a terra. Pelo contrário, o homem, monstro ou quimera de todos os elementos, em nenhum lugar pára, com nenhuma fortuna se contenta, nenhuma ambição ou apetite o falta: tudo confunde e como é maior que o mundo, não cabe nele".
Observe as palavras indicadas no texto: "por" (ref. 1); "indômito" (ref. 2); "as" (ref. 3); "pára" (ref. 4). Assinale a alternativa que analise corretamente a classe gramatical destas palavras:
a) verbo - substantivo - pronome - preposição
b) preposição - substantivo - artigo - verbo
c) verbo - adjetivo - artigo - verbo
d) preposição - adjetivo - artigo - preposição
e) preposição - adjetivo - pronome - verbo

Exercícios sobre período composto por coordenação

Sem introduções que tergiversem sobre a necessidade do estudo e prática para o vestibular, vamos direto ao ponto:
Baby-Blanket
EXERCÍCIOS SOBRE PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO SUBSTANTIVA
1)Divida e Classifique as orações substantivas dos períodos abaixo:
a) Fizeram a seguinte advertência: que o trabalho fosso secreto.
b) É possível que as provas sejam anuladas.
c) A boa notícia do dia seria que descobrissem a cura da AIDS.
d) Alguém lhe perguntou de onde vinha.
e) Ninguém soube se morrera de desgosto.
f) Inteirei-me de que ela havia mentido.
g) Queríamos saber onde estava o proprietário do veículo.
h) Foi permitido que se estacionasse na calçada.
i) Seria conveniente que a empresa contivesse os gastos.
j) Ninguém sabe quem são os assaltantes.
l) Compreende-se que o ponto da lição era difícil.
m) Estou convencido de que ninguém mais verá esse convite.
n) É obrigatório que se ande de camisa aqui dentro.
o) O necessário é que se tenha a quantia solicitada para a realização do evento.
p) É uma pena que não existisse transmissão direta de tevê naquela época.
q) Tenho dúvida de que você veha hoje.
r) Lembre-se de que todos somos pó.
s) Quando uma mulher não te ama cada dia mais, podes ficar certo de que ela te ama cada dia menos.
GABARITO DOS EXERCÍCIOS SOBRE PERÍODO COMPORTO
a) apositiva
b) subjetiva
c) predicativa
d) objetiva direta
e) objetiva direta
f) objetiva indireta
g) objetiva direta
h) subjetiva
i) subjetiva
j) objetiva direta
l) subjetiva
m) objetiva indireta
n) subjetiva
o) predicativa
p) subjetiva
q) completiva nominal
r) objetiva indireta
s) completiva nominal 

6 ótimos exercícios de adjetivo

Adjetivo é a classe de palavras invariável que que acompanha e modifica o substantivo. Neste post você poderá fazer seis ótimos exercícios de Língua Portuguesa com adjetivos e locuções adjetivas.
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EXERCÍCIOS DE LÍNGUA PORTUGUESA SOBRE ADJETIVO
1) (Unitau 1995) - "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane."
(Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na Folha de São Paulo, 17/10/1994, 1Ž caderno, página 3)
Em:
I - CERTAS instituições encontram sua autoridade na palavra divina.
II - Instituições CERTAS encontram caminho no mercado financeiro.
As palavras, em destaque, são, no plano morfológico e semântico (significado)
a) adjetivo em I e substantivo em II, com significado de "algumas" em I e "corretas" em II.
b) substantivo em I e adjetivo em II, com significado de "muitas" em I e "íntegras" em II.
c) advérbio em I e II, com significado de "algumas" em I e "algumas" em II.
d) adjetivos em I e II, com significado de "algumas" em I e "íntegras" em II. e) advérbio em I e adjetivo em II, com significado de "poucas" em I e "poucas" em II.
2) (FAAP 1996) - SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
Na segunda estrofe há dois adjetivos:
a) calma e vento
b) olhos e chama
c) última e imóvel d) paixão e pressentimento
e) momento e drama
3) (Uelondrina 1994) - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Elas ficaram ...... impressionadas com seus poderes ...... .
a) meio - supra-sensoriais b) meias - supras-sensoriais
c) meio - supras-sensoriais
d) meias - supra-sensorial
e) meio - supra-sensorial
4) (Pucmg 1997) - Assinale a alternativa em que a mudança de posição do termo destacado não implique a possibilidade de mudança de sentido do enunciado.
a) Belo Horizonte já foi uma LINDA cidade. Belo Horizonte já foi uma cidade LINDA. b) Filho MEU não irá para o exército. MEU filho não irá para o exército.
c) Meu carro NOVO é maior. Meu NOVO carro é maior.
d) Por ALGUM dinheiro ele seria capaz de vender a casa. Por dinheiro ALGUM ele seria capaz de vender a casa.
e) Com uma SIMPLES dose do medicamento ficou curada. Com uma dose SIMPLES do medicamento ficou curada.
5) (Cesgranrio 1992) - O NOVO PLANETA DOS HOMENS
1 Uma recente pesquisa americana, concluída em 1985, busca apreender as reações e os sentimentos dos homens após vinte anos de emancipação feminina, para daí projetar a provável tendência futura da vida entre os sexos. O livro COMO OS HOMENS SE SENTEM, do jornalista Anthony Astrachan, aposta numa "revolução masculina irreversíveis, que teria se iniciado na década de 70, impulsionada por dez anos de avanço feminino. O autor faz uma minuciosa análise das conseqüências, para o homem, da entrada da mulher nos vários setores da sociedade: indústria, serviços, exército, mundo empresarial e profissões liberais. Ele conclui que a revolução feminina efetivamente gerou reformulações profundas nos papéis sociais e na identidade masculina, às custas de um alto preço efetivo e emocional.
2 Às reações negativas dos homens, desencadeadas pelas transformações no equilíbrio de poder entre os sexos, Astrachan oferece uma curiosa explicação: "É possível que os homens tenham reivindicado a liderança há muito tempo, e a tenham mantido através dos tempos para compensar a sua incapacidade de gerar filhos." Mas, observa o autor, ao mesmo tempo que o homem luta para não abandonar a fantasia do poder, continuando a lidar com a mulher emancipada a partir de antigos e conhecidos padrões, ao colocá-la no lugar de mãe, amante, esposa ou irmã e negar-lhe a competência profissional, tem aumentado o número de homens que incorporaram outras atitudes. O fenômeno apontaria para um homem realmente novo, capaz de usufruir e contribuir para uma síntese positiva entre os sexos.
3 Não tão otimista, a escritora e filósofa Elisabeth Badinter 90 não vê ainda configurado um "novo homem". Para o homem, abordar o terreno feminino é "desvirilizante", ao passo que a mulher se valorizou ao adentrar o mundo masculino. Sem dúvida, segundo ela, a evolução maior depende da recolocação dos homens, mas esse projeto "é ainda um fenômeno muito marginal e se dá apenas numa minoria sofisticada".
4 Para a realidade brasileira, essas questões assumem diferentes contornos, matizadas por uma crise que, no limite, torna perigosas as prospecções. Poucos são os que se arriscam: "O homem está sendo obrigado a se adaptar à crise permanente com uma revolução permanente", diz o escritor Sérgio Sant'Anna. Ele vê, ainda, mudanças na família e nas relações do homem com a paternidade, mas sente que, no momento, "as pessoas estão muito inseguras, desprotegidas e tendem a voltar a padrões conservadores". Mas adverte: "Essa não é uma transformação que se dê ao nível ideológico e intelectual; os que a fizeram se deram mal. Ela supõe crises emocionais profundas."
5 A feminista Rose Marie Muraro, embora admita um retrocesso violento aos comportamentos machistas e convencionais na década de 80, prevê a vitória inconteste dos comportamentos libertários. Quanto à luta feminista, ela reconhece que os homens tiveram pouco tempo para incorporar as transformações da década de 70. Acreditando que a definição virá na próxima década, Rose finaliza: "Hoje a mulher não é mais a imagem do desejo alheio, (...) mas é sujeito de seu próprio desejo." Mas tudo isso não esconde uma mágoa: "(...) Tive um câncer e uma úlcera ao viver o mundo masculino, sendo mulher no setor público. Tive de me masculinizar, pois lá quem não mata, morre."
6 Sem rancores, mas não menos inquieta, a psicanalista Suely Rolnik assume toda sua crença na potência criativa do desejo humano: "O que eu vejo hoje é uma aliança entre homem e mulher. É uma história nascente de cumplicidade entre o homem e a mulher."
(Yudith Rosenbaum, Revista LEIA, nŽ 128, 1989, p. 36-38, com adaptações.)
Em qual das opções há uma análise ERRADA quanto à variação nominal de gênero ou de número?  
a) homem - mulher
Substantivos que indicam oposição semântica de sexo através de vocábulos distintos.
b) jornalista - amante
Substantivos com uma só forma para os dois gêneros.
c) o rapaz ALEMÃO - a moça ALEMÃ
Adjetivos cujo plural apresenta grafia e pronúncia iguais.
d) muito frio - friíssimo
Formas do superlativo absoluto: o analítico e o sintético.
e) vice-diretor - beija-flor
Compostos cuja flexão de plural só ocorre no segundo elemento.
6) (Ita 1995) - As questões a seguir referem-se ao texto adiante. Analise-as e assinale, para cada uma, a alternativa incorreta.
Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas, com a água dos rios no meio, o Brasil está dormindo, coitado.
Precisamos colonizar o Brasil.
Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professôres e livros,assimilaremos finas culturas,abriremos 'dancings' e subconvencionaremos as elites.
O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia alemãs gordas, russas nostálgicas para 'garçonettes' dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonêsas...
Cada brasileiro terá sua casa com fogão e aquecedor elétricos, piscina, salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.
Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...
Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão no pobre coração já cheio de compromissos...
se bem que seja difícil compreender o que querem êsses homens, por que motivo êles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado, êle quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é o outro mundo. Êste não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
a) 'Escondido' pode ser substituído por 'olvidado', embora modifique o sentido.
b) 'Fidelíssimo' tem o mesmo radical de 'fidelidade' e de 'fidedígno'.
c) 'Piscina' tem o mesmo radical de 'piscicultura'.
d) 'Bem' tem valor de superlativo. e) O texto não foi transcrito em obediência à ortografia vigente.

Agente da Passiva e Transformação de Voz Ativa em Passiva Analítica

Não são muito comuns exercícios sobre agente da passiva e transformação de voz ativa em passiva analítica, por isso proponho tal post. Já abordei no post “Tudo sobre vozes verbais” quais as características de tal procedimento linguístico. Leia-o antes e após isso faça os exercícios de língua portuguesa com gabarito que estão abaixo.

Agente da Passiva e Transformação de Voz Ativa em Passiva Analítica 

1) Assinale o período em que não há verbo na voz passiva.
a) Comeu-se a banana.
b) Orientem-se pela bússola. c) Reformam-se ternos.
d) Recolheram-se todos os documentos oficiais.
e) Distribuem-se prêmios em toda parte.
2) Assinale o período em que se destacou o agente da passiva.  
a) Ela é doida por cinema. 
b) Ficou apaixonada pelo colega.
c) O trabalho será feito pelo competente funcionário.  d) Pelo frio, as plantas murcharam. 
e) Por mim, você pode sair.
3) Assinale o período em que não se deve expressar o agente da passiva.
a) Levantou-se o prédio pelos operários da construção civil. b) Erguem-se bandeiras.
c) O prédio foi levantado pelos operários da construção civil.
d) A moça foi raptada por ladrões profissionais.
e) Pelo engenheiro foram executados todos os trabalhos.
4) “O ladrão matou a moça.” Transpondo este período para a voz passiva analítica, teremos:
a) A moça está morta pelo ladrão.
b) Matou a moça o ladrão.
c) Matou o ladrão a moça.
d) A moça foi morta pelo bandido.
e) A moça foi morta pelo ladrão. 
5) Assinale a alternativa em que se destacou o sujeito paciente.
a) As nuvens foram levadas pelo vento.
b) As nuvens foram levadas pelo vento.
c) As nuvens foram levadas pelo vento.
d) As nuvens foram levadas pelo vento.
e) As nuvens foram levadas pelo vento. 
6) (Uelondrina 1995) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz passiva a frase "Os examinadores teriam questionado os vestibulandos", obtém-se a forma verbal ..... .
a) seriam questionados
b) tinham sido questionados
c) questionariam
d) teriam sido questionados
e) haveriam de ser questionados
7) (Faap 1996) - SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
"E das bocas unidas fez-se a espuma". Sujeito do verbo fazer:
a) bocas
b) bocas unidas
c) se
d) espuma e) indeterminado

8) (Uelondrina 1997) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz passiva a frase "A prática tem demonstrado as vantagens desse negócio" , obtém-se a forma verbal .......... .
a) acabou demonstrando
b) vai demonstrar
c) tem sido demonstrada
d) têm sido demonstradas
e) demonstraram-se
9) (Ufrs 1997)
1 - Mas pra você não é uma pouca vergonha, é? - ela disse, secando as lágrimas. Voltava ao desafio.
2 - Eu sou homem, ou você não entende isto?
3 - Não entendo.
4 O Dr. Paranhos quedou-se quieto por um tempo marcado em séculos no relógio da agonia. Seus olhos baixaram para a mesa e assim ficaram, enquanto sua inteligência buscava uma forma clara de ilustrar a madrinha. Por fim, suspirou e disse:
5 - Eu tenho um argumento que você vai entender.
6 Levantou-se com certa dificuldade e ausentou-se da cozinha, onde ficamos suspensos por um fio em pleno abismo. Logo, porém, ele retornou com o argumento na mão. Girou o tambor do argumento. Depois, com um gesto calmo, solene, botou o argumento na cintura. Sentou-se novamente e disse, pausadamente:
7 - Tem uma coisinha, Dirce: ou este tal de feminismo acaba hoje, ou o que acaba é a tua mesada, se não acabar minha paciência antes. Certo? Agora vamos jantar. (SSÓ, Ernani. O SEMPRE LEMBRADO. Porto Alegre: IGEL/IEL, 1989. p. 136-7)
Considere as afirmativas seguintes, sobre voz passiva.
I - O trecho UM TEMPO MARCADO em séculos no relógio da agonia (4o. parágrafo) é o agente da passiva da frase em que está inserido.
II - Se a oração subordinada da frase EU TENHO UM ARGUMENTO QUE VOCÊ VAI ENTENDER (5o. parágrafo) fosse passada para a voz passiva, o resultado seria EU TENHO UM ARGUMENTO QUE VAI SER ENTENDIDO POR VOCÊ.
III - A frase GIROU O TAMBOR DO ARGUMENTO (6o. parágrafo) pode ser passada para a voz passiva.
Quais são corretas?
a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas I e III
d) Apenas II e III e) I, II e III
10) (Uelondrina 1994) - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo da voz passiva para a voz ativa a frase "Os avisos terão sido dados pelo coordenador", obtém-se a forma verbal ...... .
a) deu
b) dará
c) terá dado d) terão dado
e) foram dados
11) (Ufpe 1996) - "Sobre a historia do arquipélago, explicou que fora doado pelo Rei de Portugal, em 1504, a Fernão de Noronha. O primeiro nome fora ilha de São João. Naqueles tempos era comum batizar os lugares com o nome da festa religiosa do dia da descoberta. Pode-se dizer, então, que ela foi vista pela primeira vez por olhos de navegantes europeus num dia 24 de junho entre 1500 e 1503." (Abdias Moura, em o "Segredo da Ilha")
Observe "que fora doado pelo Rei de Portugal ...".
Sobre esta frase, não se pode dizer:
a) o verbo DOAR está usado na voz passiva;
b) DOAR é um verbo transitivo direto e indireto;
c) DOAR pode ser substituído por DAR;
d) REI DE PORTUGAL é agente da passiva e A FERNÃO DE NORONHA é objeto indireto;
e) é oração principal, dentro de um período composto por subordinação. 
12) (Unitau 1995) - "Vivemos numa época de tamanha insegurança externa e interna, e de tamanha carência de objetivos firmes, que a simples confissão de nossas convicções pode ser importante, mesmo que essas convicções, como todo julgamento de valor, não possam ser provadas por deduções lógicas.
Surge imediatamente a pergunta: podemos considerar a busca da verdade - ou, para dizer mais modestamente, nossos esforços para compreender o universo cognoscível através do pensamento lógico construtivo - como um objeto autônomo de nosso trabalho? Ou nossa busca da verdade deve ser subordinada a algum outro objetivo, de caráter prático, por exemplo? Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas. A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e inabalável Permitam-me fazer uma confissão: para mim, o esforço no sentido de obter maior percepção e compreensão é um dos objetivos independentes sem os quais nenhum ser pensante é capaz de adotar uma atitude consciente e positiva ante a vida.
Na própria essência de nosso esforço para compreender o fato de, por um lado, tentar englobar a grande e complexa variedade das experiências humanas, e de, por outro lado, procurar a simplicidade e a economia nas hipóteses básicas. A crença de que esses dois objetivos podem existir paralelamente é, devido ao estágio primitivo de nosso conhecimento científico, uma questão de fé. Sem essa fé eu não poderia ter uma convicção firme e inabalável acerca do valor independente do conhecimento.
Essa atitude de certo modo religiosa de um homem engajado no trabalho científico tem influência sobre toda sua personalidade. Além do conhecimento proveniente da experiência acumulada, e além das regras do pensamento lógico, não existe, em princípio, nenhuma autoridade cujas confissões e declarações possam ser consideradas "Verdade " pelo cientista. Isso leva a uma situação paradoxal: uma pessoa que devota todo seu esforço a objetivos materiais se tornará, do ponto de vista social, alguém extremamente individualista, que, a princípio, só tem fé em seu próprio julgamento, e em nada mais. É possível afirmar que o individualismo intelectual e a sede de conhecimento científico apareceram simultaneamente na história e permaneceram inseparáveis desde então. " (Einstein, in: "O Pensamento Vivo de Einstein", p. 13 e 14, 5a. edição, Martin Claret Editores)
Observe:
I. "Essa questão não pode ser resolvida em bases lógicas."
II. "A decisão, contudo, terá considerável influência sobre nosso pensamento e nosso julgamento moral, desde que se origine numa convicção profunda e inabalável."
As frases I e II estão, respectivamente, na voz
a) passiva analítica em I e ativa em II. b) passiva sintética em I e passiva analítica em II.
c) ativa em I e ativa em II.
d) ativa em I e passiva analítica em II.
e) passiva analítica em I e passiva analítica em II.
13) (Mackenzie 1996) - "Passam-se horas e horas por dia diante do computador."
Assinale a alternativa em que se encontra uma possível voz ativa da frase acima.
a) Os jovens passam horas e horas por dia diante do computador. b) É errado passar horas e horas por dia diante do computador.
c) Não é aconselhável passar horas e horas por dia diante do computador.
d) Horas e horas são passadas, por dia, diante do computador.
e) Horas e horas por dia não devem ser passadas diante do computador.
14) (Unitau 1995) - "Certas instituições encontram sua autoridade na palavra divina. Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca. Suas qualidades pessoais importam pouco. Quando prevaricam, eles são punidos no inferno, como aconteceu, na opinião de muita gente boa, com o Papa Bonifácio VIII, simoníaco reconhecido. Mas o carisma é da própria Igreja, não de seus ministros. A prova de que ela é divina, dizia um erudito, é que os homens ainda não a destruíram.
Outras associações humanas, como a universidade, retiram do saber o respeito pelos seus atos e palavras. Sem a ciência rigorosa e objetiva, ela pode atingir situações privilegiadas de mando, como ocorreu com a Sorbonne. Nesse caso, ela é mais temida do que estimada pelos cientistas, filósofos, pesquisadores. Jaques Le Goff mostra o quanto a universidade se degradou quando se tornou uma polícia do intelecto a serviço do Estado e da Igreja.
As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade. Sua justificativa é impedir que os homens se destruam mutuamente e vivam em segurança anímica e corporal. Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil ou armada. Sem a confiança pública, desmorona a soberania justa. Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
O Estado deve ser visto com respeito pelos cidadãos. Há um espécie de aura a ser mantida, através do essencial decoro. Em todas as suas falas e atos, os poderosos precisam apresentar-se ao povo como pessoas confiáveis e sérias. No Executivo, no Parlamento e, sobretudo, no Judiciário, esta é a raiz do poder legítimo.
Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc. Sem ela, os governantes são reféns das oligarquias instaladas no próprio âmbito do Estado. Essas últimas, sugando para si o excedente econômico, enfraquecem o Estado, tornando-o uma instituição inane." (Roberto Romano, excerto do texto "Salários de Senadores e legitimidade do Estado", publicado na Folha de São Paulo, 17/10/1994, 1º. caderno, página 3)
Indique a alternativa em que existe voz passiva analítica:
a) As instituições políticas não possuem nem Deus nem a ciência como fonte de autoridade.
b) Com a fé pública, os dirigentes podem governar em sentido estrito, administrando as atividades sociais, econômicas, religiosas, etc.
c) Acreditemos ou não nos dogmas, é preciso reconhecer que seus dirigentes são obedecidos porque um Deus fala através de sua boca.
d) Só resta a força bruta ou a propaganda mentirosa para amparar uma potência política falida.
e) Se um Estado não garante esses itens, ele não pode aspirar à legítima obediência civil.
15) (Uelondrina 1995) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz ativa a frase "As datas das provas estavam sendo fixadas pela comissão de exames", obtém-se a forma verbal ..... .
a) estava fixando b) fixavam-se
c) eram fixadas
d) fixava
e) estavam fixando
16) (Uelondrina 1994) - Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo da voz ativa para a passiva a frase "Os alunos haveriam de ouvir os conselhos do mestre", obtém-se a forma verbal ...... .
a) teriam sido ouvidos
b) haveriam de ser ouvidos c) haveria de ser ouvido
d) seriam ouvidos
e) ouvir-se-iam
17) (Uelondrina 1996) - Obtém-se a forma verbal "prejudica-os", transpondo para a voz ativa a frase:
a) Eles são prejudicados pelos próprios amigos.
b) Ele vem sendo prejudicado pelos empresários.
c) Ele é prejudicado pelos sucessivos equívocos.
d) Eles foram prejudicados pelo chefe.
e) Eles são prejudicados pela ambição. 
18) (Pucsp 1999) - O operário moderno carece de individualidade. A classe é mais forte do que o indivíduo e a pessoa se dissolve no genérico. Porque essa é a primeira e a mais grave mutilação que o homem sofre ao converter-se em assalariado industrial. O capitalismo despoja-o de sua natureza humana - coisa que não ocorreu com o escravo - já que reduz todo o seu ser à força de trabalho, transformando-o só por este fato em objeto. E como todos os objetos, em mercadorias, em coisa susceptível de compra e venda. O operário perde, bruscamente, e em razão mesmo de seu estado social, toda relação humana e concreta com o mundo: nem são seus os instrumentos que manipula, nem é seu o fruto de seu trabalho. Sequer chega a vê-lo. Na realidade, não é um operário, já que não produz obras ou não tem consciência de que as produz, perdido em aspecto determinado da produção. É um trabalhador, nome abstrato, que não designa uma tarefa determinada, mas uma função. Assim a sua obra não o distingue dos outros homens, tal como acontece com o médico, o engenheiro ou o carpinteiro. A abstração que o qualifica - o trabalho medido pelo tempo - não separa, mas liga-o a outras abstrações. Daí sua ausência de mistério, de problematicidade, daí a sua transparência, que não é diversa da de qualquer instrumento. (Paz, O. SIGNOS EM ROTAÇÃO. São Paulo: Perspectiva, 2a. ed., 1976, pág.245.)
Assinale a alternativa em que NÃO ocorre transformação de voz ativa em passiva ou vice-versa, nos trechos do texto.
a) que não designa uma tarefa determinada/ não tendo designado uma tarefa determinada b) a pessoa se dissolve no genérico/ dissolve-a no genérico
c) não produz obras/ obras não são produzidas
d) despoja-o de sua natureza humana/ ele é despojado de sua natureza humana
e) liga-o a outras abstrações/ ele é ligado a outras abstrações
19) (Fuvest 1989) - A transformação passiva da frase "A religião te inspirou esse anúncio." apresentará o seguinte resultado:
a) Tu te inspiraste na religião para esse anúncio.
b) Esse anúncio inspirou-se na tua religião.
c) Tu foste inspirado pela religião nesse anúncio.
d) Esse anúncio te foi inspirado pela religião. e) Tua religião foi inspirada nesse anúncio.
20) (Puccamp 1997) - A frase "Erros foram detectados em todos os setores" está corretamente transposta para a voz passiva pronominal em:
a) Detectou-se erros em todos os setores.
b) Alguém detectou erros em todos os setores.
c) Detectaram-se erros em todos os setores. d) Foi detectado erros em todos os setores.
e) Detectaram erros em todos os setores.
21) (Uelondrina 1999) - CONSUMIDOR E CIDADÃO
O consumidor brasileiro encontra melhores meios de exercer seus direitos do que o cidadão.
Os amplos recursos do recente Código de Defesa do Consumidor e a relativa agilidade dos Procons, em contraste com a morosidade da Justiça, impulsionaram um significativo aumento das atividades nessa área durante a década de 90.
A atuação dos Procons e de outras entidades privadas qualificadas para defender interesses coletivos parece ser também uma forma de responder à inoperância do Estado no que se refere aos direitos do cidadão.
A multiplicação de órgãos como os Procons e, de outra parte, dos centros de atendimento a clientes é um sinal de evolução do mercado brasileiro e mesmo de parte da sociedade. Mas esse fato mesmo é um indicador do atraso do país, pois faz pensar no que em geral ocorre quando, em lugar de uma empresa, quem está do outro lado do balcão é o Estado.
Donas-de-casa reunidas para zelar pela qualidade de produtos ou associações de "vítimas de atrasos aéreos", por exemplo, batem-se por questões que deveriam estar salvaguardadas pelo poder público.
O cidadão que utiliza o serviço público de saúde e é mal atendido não encontra um recurso comparável ao serviço que os Procons prestam a clientes insatisfeitos de seguros de saúde privados. O brasileiro está muito mais bem atendido quando se trata de reclamar contra produtos defeituosos, propaganda enganosa ou serviços privados mal prestados do que quando o problema está na escola pública ou na polícia.
O rápido crescimento das atividades ligadas a direitos do consumidor, entretanto, também exige algumas cautelas, seja contra uma atuação abusiva desses organismos, seja quanto a sua politização. Mas o que sobressai desse contraste entre consumidor e cidadão é que o atraso do Brasil em relação aos países mais desenvolvidos não está apenas na economia. A distância é enorme quando se trata de respeito ao cidadão.
Transpondo-se para a voz ativa a frase "Certas questões deveriam estar salvaguardadas pelo poder público", obtém-se a forma verbal
a) deveriam ser salvaguardadas.
b) deveria salvaguardar. c) haveria de salvaguardar.
d) estariam salvaguardadas.
e) poderia ter salvaguardado.
22) (Faap 1996) - SONETO DE SEPARAÇÃO
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
(Vinícius de Morais)
"E das bocas unidas fez-se a espuma". A partícula "se" é o:
a) sujeito
b) índice da indeterminação do sujeito
c) objeto direto
d) objeto indireto
e) pronome apassivador 
23) (Uelondrina 1996) - Assinale a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo para a voz passiva a frase "Não os enganaríamos por muito tempo", obtém-se a forma verbal ...... .
a) teriam sido enganados
b) enganar-se-iam
c) teríamos enganado
d) seriam enganados e) serão enganados
24) (Ufrs 1996) - Lá pela metade do século 21, já não haverá superpopulação humana, como hoje. Os governos de todo o mundo - presumivelmente, todos democráticos - poderão ¤incentivar as pessoas à reprodução. E será melhor que o façam com as melhores pessoas. A eugenia humana - a escolha dos melhores exemplares para a reprodução, de modo a aprimorar a média da espécie, como já se fez com cavalos - encontrará o período ideal para sair da prancheta dos cientistas para a vida real. Pessoas selecionadas por suas características genéticas serão empregadas do Estado. O funcionalismo público terá uma nova categoria: a dos reprodutores.
Este exercício de futurologia foi apresentado seriamente pelo professor do Instituto de Biociências da USP Oswaldo Frota-Pessoa, em palestra no colóquio Brasil-Alemanha - Ética e Genética, quarta-feira à noite. [...] Nas conferências de segunda e terça, a eugenia £foi citada como um perigo das novas tecnologias, uma idéia que não é cientificamente - e muito menos eticamente - defensável. (Teixeira, Jerônimo. Brasileiro apresenta a visão do horror. ZERO HORA, 6.10.95, p. 5, 2¡ Caderno)
Assinale a alternativa que apresenta a forma passiva correta da frase que começa em 'Os governos...' (primeiro parágrafo)
a) As pessoas poderão ser incentivadas à reprodução pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos. b) A reprodução será incentivada pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
c) A reprodução das pessoas poderá ser incentivada pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
d) As pessoas serão incentivadas à reprodução pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
e) O incentivo à reprodução será dado às pessoas pelos governos de todo o mundo - presumivelmente todos democráticos.
25) (Uelondrina 1998) - Assinale, a letra correspondente à alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase apresentada.
Transpondo a frase "Os danos deveriam ter sido reparados pelo responsável" para a voz ativa, obtém-se a forma verbal........ 
a) haviam de ser reparados
b) tinha reparado
c) deveria ter reparado d) devia ter reparado
e) deve ter reparado

5 exercícios de Gramática com gabarito

Depois do último post intitulado “10 exercícios sobre classe de palavras invariáveis”, trago mais cinco atividades práticas de Língua Portuguesa”. São exercícios de Português com gabarito para que você possa conferir seu desempenho.
EXERCÍCIOS SOBRE CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS
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1) Assinale a resposta correspondente à alternativa completa que os espaços em branco.
"Detesto os ____________que não sabem conter o seu ____________________"
a) mau-humorados / mau-humor
b) maus-humorados / mau-humor
c) mal-humorados / mal-humor
d) mal-humorados / mau-humor e) mau-humorados / mal-humor
2) Já vou distribuir as provas; portanto, guardem os livros e os cadernos. Comece com: Guardem os livros e os cadernos....
a) por conseguinte
b) quec) mesmo que
d) todavia
e) logo
3) (FAC. RUI BARBOSA) - Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo.
a) Estou na mesma situação.
b) Neste momento, encerramos nossas transmissões. c) Daqui não saio.
d) Ando só pela vida.
e) Acordei num lugar estranho.
4) Logo que entrou em casa, foi pedindo o jantar em altos brados. Comece com: Foi pedindo o jantar
a) somente quando
b) tanto quanto
c) segundo
d) já que
e) assim que
5) "O ___ vento causa profundo ___ às videiras ___ conservadas."
A sucessão correta é indicada pela alternativa:
a) Mau / mal / malb) Mau / mau / mal
c) Mau / mau / mal
d) mal / mau / mal
e) mal / mal / mau

10 exercícios sobre classe de palavras invariáveis

Neste post trago 10 ótimos exercícios aplicados em vestibulares. O assunto desta vez são as classes de palavras invariáveis. Dessa forma, trago mais alguns excelentes exercícios online grátis para você se preparar para os concursos em 2011.
EXERCÍCIOS SOBRE CLASSES DE PALAVRAS INVARIÁVEIS
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1) Eu gritei, mas ninguém me ouviu. Comece com: Ninguém me ouviu.........
a) visto que
b) portanto
c) então
d) embora
e) por isso
2) (PUC) - No período:
" Da própria garganta saiu um grito de admiração, que Cirino acompanhou, embora com menos entusiasmo ",
A palavra destacada expressa uma idéia de:
a) explicação.
b) concessão. c) comparação.
d) modo.
e) conseqüência.
3) (PUC) - No trecho, ".... O homem não fala simplesmente uma língua, não a usa, como mero instrumento de comunicação....", o termo destacado é um:
a) substantivo e significa "simples"
b) advérbio e significa "genuíno"
c) adjetivo e significa "quase"
d) advérbio e significa "estreme"
e) adjetivo e significa "puro"
4) (PUC) - No verso "Tenta chorar e os olhos sente enxutos!", O conectivo oracional indica:
a) junção de idéias, logo é conjunção aditiva
b) distinção de idéias, logo é conjunção alternativa
c) contraste de idéias, logo é conjunção adversativad) oposição de idéias, logo é conjunção concessiva
e) seqüência de idéias, logo é conjunção conclusiva
5) "E uma espécie...nova....completamente nova! Mas já tem nome.... Batizei-a logo....Vou-lhe mostrar..."
Sob o ponto de vista morfológico, as palavras destacadas correspondem pela ordem, a:
a) conjunção, preposição, artigo, pronome 
b) advérbio, advérbio, pronome, pronome
c) conjunção, interjeição, artigo, advérbio 
d) advérbio, advérbio, substantivo, pronome
e) conjunção, advérbio, pronome, pronome
6) Não chegue tarde, pois muita gente virá procurá-lo. Comece com: Muita gente virá procurá-lo,
a) portanto
b) entretanto
c) portanto  d) dado que 
e) visto como 
7) (FAU - SANTOS) - " O policial recebeu o ladrão a bala. Foi necessário apenas um disparo; o assaltante recebeu a bala na cabeça e morreu na hora."
No texto, os vocábulos destacados são respectivamente:
a) preposição e artigob) preposição e preposição
c) artigo e artigo
d) artigo e preposição
e) artigo e pronome indefinido
8) (PUC) - Nos trechos:
" Vejo três meninas caindo rápidas, enfunadas, como se dançassem inda" "...... e a prima-dona com a longa cauda de lantejoulas riscando o céu como um cometa",
As palavras em destaque expressam, respectivamente, idéias de:
a) comparação, objeto.
b) modo, origem.
c) modo, comparação. d) comparação, instrumento.
e) conseqüência, conseqüência.
9) Em "uma cerca de pedra-seca (I), do tempo dos escravos"
"tudo é mato, crescendo sem regra." (II)
As locuções destacadas são respectivamente:
a) I - adjetiva e adjunto adverbial
II - adverbial e adjunto adnominal
b) I - adverbial e objeto indireto
II - adjetiva e predicativo
c) I - adjetiva e adjunto adnominal
II - adverbial e adjunto adverbial
d) I - adjetiva e complemento nominal
II - adverbial e adjunto adnominal
e) I - adverbial e adjunto adnominal
II - adjetiva e complemento nominal
10) (CESGRANRIO) - Assinale a opção em que a preposição com traduz uma relação de instrumento.
a) "Teria sorte no outros lugares, com gente estranha."
b) "Com o meu avô cada vez mais perto do fim, o Santa Rosa seria um inferno."
c) "Não fumava, e nenhum livro com força de me prender."
d) "Trancava-me no quarto fugindo do aperreio, matando-as com jornais." e) "Andavam por cima do papel estendido com outras já pregadas no breu."